Leilão da Daslu faz empresa ser vendida por 10 vezes o valor mínimo PAULO AMORIM EM 8 DE JUNHO DE 2022, ÀS 19:00.
Nesta terça, 7, aconteceu o leilão judicial da grife Daslu, que já foi referência de luxo no país. A marca foi arrematada por R$10 milhões, montante dez vezes superior ao preço inicial, de R$1,411 milhão. Apenas após a tramitação de todo o processo chegar ao fim é que o nome do comprador será revelado. Foram no total, 32 lances realizados por cinco interessados diferentes na marca Daslu. A disputa, segundo a casa de leilões Sodré Santoro, foi bem acirrada. Os lances começaram no preço mínimo de R$1,4 milhão, que era correspondente ao valor atualizado da marca, e alcançou o valor de venda de R$ 10 milhões. De acordo com o perito que acompanhava o caso Daslu, no ano de 2005, era projetado que a parte intangível da marca tivesse um valor de R$ 500 milhões. Por conta da depreciação, este valor despencou para R$ 1,2 milhão. “O novo dono da Daslu acredita que a grife tem um valor agregado que vale a pena”, disse o Valor Investe a advogada Mariana Valverde, sócia do Moreau Valverde Advogados, especialista em propriedade intelectual, marcas e patentes. O leilão da marca foi autorizado pela Justiça nos autos do processo de falência da Daslu, que corre em uma das varas especializadas da cidade de São Paulo. De acordo com a apuração do Valor, o leilão já está na mira de uma disputa na Justiça entre os donos da marca atualmente, a falida DSL Comércio Varejista (que adquiriu o negócio em 2011) e a administradora judicial, a Expertisemais Perícias. Quem comprar a marca, ganha direito a todas as “sub-marcas” dela, como a Daslulu, para animais, e também outras, como Terraço Daslu, Daslu Vintage, Daslulabel, Villa Daslu, DasluShoe Space, que trazem desde itens de decoração, cama mesa e banho, roupas, cosméticos e bolsas até joias, administração de imóveis, eventos e itens para festa e áudio e vídeo. O dono também terá direto agora ao site da empresa. Nem tudo foi perfeito na história da empresa. Em 2005, os irmãos Eliana Tranchesi e Antonio Carlos Piva de Albuquerque, proprietários da marca, foram presos na megaoperação batizada de Operação Narciso. Eles foram acusados de importação irregular com crimes de sonegação fiscal e fraude em importação.